18 julho, 2007

É a Madeira, estúpidos

Marques Mendes, Luís Filipe Menezes, Ferreira Leite, Aguiar Branco. Um a um, todos eles vão defender a necessidade do PSD recuperar a confiança do eleitorado. Credibilidade vai ser a palavra chave nas directas deste partido. O que se está a passar na Madeira, onde Alberto João Jardim se recusa a aplicar uma lei da República, defendendo um regime de excepção para uma matéria sufragada em referendo, é a oportunidade de ouro que têm para demonstrar que querem ser levados a sério.

“Na minha formação política, primeiro estão os grandes princípios da defesa da pessoa humana e só depois está o positivismo da lei escrita”, proclama o líder madeirense ao Diário de Notícias, dizendo que se recusa a aplicar a lei do aborto porque o “Não” ganhou na Madeira. Claro está que, tratando-se de Jardim, tanto apego à “defesa da vida humana” tem o preço do costume: sacar mais uns cobres aos cubanos. Jardim Ramos, responsável pela pasta no Governo Regional, resume o assunto de uma forma exemplar. No caso da Madeira ser obrigada a cumprir a lei, terá que ser o continente a pagar a factura.

“Ninguém está a impedir a aplicação da lei, a região não tem é dinheiro”, explicou, sem se rir, o mesmo João Jardim que ainda há poucas semanas inaugurava estradas para cumprir uma dívida pessoal com a D. Maria pela forma exemplar como esta educou os seus filhos. Pedir confiança aos portugueses e "ter o governo da Madeira às costas", sem se demarcar de Jardim, ora aí está uma equação que não parece augurar grande futuro às hostes laranjas.

3 comments:

JLS disse...

Bem lembrado, o episódio da Dona Maria.. :)

Anónimo disse...

é triste dizê-lo, mas...dêem-lhes a independência e asilo aos tipos que têm que levar com isto.

(A D.Maria que faça o que entender)

Anónimo disse...

Fdx, estes merdosos queimados do berloque só têm inveja de quem trabalha. Se fosse um cool, que andasse em tertulias sobre a despenalização da vossa merda já era um bom politico. Sem dúvida, morte à vossa escoria!