17 outubro, 2007

Não havia necessidade

Poucas propostas são mais significativas sobre o continuado disparate que vai ser a liderança de Luís Filipe Menezes do que as suas propostas para a elaboração de uma nova constituição e a extinção do Tribunal Constitucional. Posto isto, não se compreende que o Tribunal Constitucional tenha decidido responder à intervenção de Menezes. Por muita razão que o presidente do TC tenha nos reparos que faz ao líder do PSD, deveria perceber que, dado o cargo que ocupa, era a última pessoa que podia responder às propostas de um partido político. Ao entrar desta forma no debate partidário, a única coisa que conseguiu foi dar uma “borla” a Menezes e permitir que o mesmo continue a proclamar o carácter politico e partidário do actual Tribunal Constitucional. Desta vez com alguma razão.

2 comments:

Anónimo disse...

E porque não haveria o TC, como órgão de soberania, repôr a verdade quando se veículam ideias, argumentos e pressupostos falsos sobre ele próprio e as suas decisões? Deixar a coisa andar, como é hábito? até uma inverdade passar a verdade por demais ser repetida?

Pedro Sales disse...

jmmtc ,

Há muitas formas de o fazer. Não tinha que ser o presidente do TC a afirmá-lo e a entrar, dessa forma, directamente no meio da polémica.