05 novembro, 2007

A Economist, esse pasquim da extrema-esquerda movido pelo ódio a Bush

Economist, 13 de Outubro de 2007
“Ser de esquerda significa apoiar o Estado e, temo, ser anti-americano”. A frase que titula a entrevista que o Público hoje edita, numa bem sucedida acção promocional ao novo livro da editora de Zita Seabra, é reveladora da profundidade intelectual e absurda simplificação do autor de "O que resta da Esquerda?”. Nick Cohen é uma caricatura a fazer uma caricatura da esquerda. A entrevista é uma mistificação absurda e demagógica de quem se apercebeu que, na actual conjuntura, há sempre mercado para um autor criticar quem não se revê na política de Bush. É polémica garantida, ainda por cima quando o autor se diz de esquerda.

Quem não apoia a administração Bush é anti-americano. Quem é anti-americano apoia Bin Laden e a Al-Quaeda. O maniqueísmo, que conhecemos de alguns dos debates que tiveram lugar em Portugal aquando da invasão do Iraque, parecia estar meio desaparecido agora que há menos pessoas a apoiar a guerra e a ocupação do Iraque do que leitores do diário de José Manuel Fernandes. Mas o autor, e quem passa a vida a usar esta nova cassete para catalogar e diminuir as posições dos outros, esquece-se de uma coisa. É a sua linha de argumentação que mete no mesmo saco o presidente norte-americano - e uma democracia com mais de 200 anos - e um bando de terroristas fundamentalistas. Se o seu termo de comparação é esse, tudo bem. Mas não metam é a esquerda ao barulho. Pode dar-se o caso de descobrirem que esta é bem maior do que parece e que tem os mais insuspeitos aliados.

1 comments:

Anónimo disse...

Deixa cà ver se aprendi bem a liçao,portanto,quem è a favor do referendo è contra a Europa.Serà isto?