03 dezembro, 2007

O boomerang do populismo

Quem sabe esquecido dos pactos com o Governo, que propõe a um ritmo semanal, Luís Filipe Menezes diz que “chegou a altura do primeiro-ministro José Sócrates deixar de corer pela Indía e regressar ao país, onde a intranquilidade pública se está a tornar numa bandeira negativa”. Lembrando os homicídios e a apreensão de droga no Algarve, remata: “É preciso que o primeiro-ministro tenha mão nesta situação”. No mesmo dia em que Menezes, que não deve parar há meses em Vila Nova de Gaia, associa a ausência de José Sócrates no estrangeiro a um homicídio e à eficácia da polícia no combate ao tráfico de droga, duas outras notícias marcam a actualidade. O concelho de Gaia está a ser fustigado por uma nova vaga de roubos à mão armada de automóveis de alta cilindrada. No espaço de uma semana houve pelo menos quatro casos. Segundo o Público (sem link), a Polícia Judiciária e as Finanças investigam fraude fiscal no Porto do Funchal, numa empresa de que o Governo Regional é um dos sócios-fundadores. É este o problema da demagogia e do populismo. É um boomerang pronto a atingir quem o arremessa em primeiro lugar.

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