05 janeiro, 2008

Cobardia é sair de uma guerra em que não se acredita

Agora que se tornou claro que foi o governo francês, liderado pelo novo ídolo das nossas direitas, que obrigou ao cancelamento do Dakar por causa de um comunicado de uma organização da Al Qaeda, estranho não encontrar nenhuma crítica à cobardia do namorado de Carla Bruni nos blogues que não pararam de zurzir na falta de coragem e no capitulacionismo de Zapatero perante os terroristas quando este retirou as tropas espanholas do Iraque. A coragem dos nossos guerreiros de sofá tem os seus dias. E as suas causas.

3 comments:

Paulo Mouta disse...

...e como a direita só sobrevive na cultura do medo, há que espalhar a ideia da ameaça constante mesmo correndo este risco de se tornarem nos verdadeiros cobardes.

Anónimo disse...

Eu diria que há uma grande diferença entre retirar tropas espanholas (legionários e para quedistas) e mandar retirar uma caravana de um rallye, mas mesmo assim acho que o Sarkozy foi um mariquinhas e acho bem mal que os que o apoiámos não reclamemos agora.

Francisco da Costa disse...

O problema de Sarkozy há-de ser mais complexo do que o receio de vítimas durante a prova. Mas é uma capitulação ao medo. O que significa que, de uma assentada, os franceses resolveram ignorar o esforço dos que, apesar das perdas, seguem sem fazer o jogo do terrorismo.