13 julho, 2007

Mundial para maiores de 18


Os empregados de mesa mais irritantes não são os incompetentes. São os incompetentes que, não acertando um pedido, estão o tempo todo a representar o papel que é esperado ser feito por um empregado de mesa. José Couceiro é assim. Vê-lo no banco é ver um homem que pensa e reflecte sobre cada remate, carrinho ou desarme. Há ali mais reflexão do que em cada volume de “Em busca do tempo perdido” ou na “Crítica da razão pura”. O problema é que um jogo só tem 90 minutos e tão sapiente meditação parece nunca chegar a tempo de influenciar o único resultado que as suas equipas conhecem: a derrota.

Definir Couceiro como treinador é dizer que, sob o seu comando, João Moutinho tem desafios em que joga mal. Até ontem o homem era só o aselha que treina as equipas jovens nacionais. Desde a madrugada de hoje é uma nódoa de treinador que, depois de mais um triste espectáculo oferecido pelas nossas selecções de futebol, foi perguntar ao árbitro quantos jogadores iam ser expulsos.

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